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Tristeza de fim de ano: como lidar com isso?

Dezembro nos expõe a um misto de emoções e sentimentos. O clima de confraternização, gratidão e esperança para muitos é motivo de felicidade e boas expectativas.



Entretanto, para outros, por causas diversas, essa época gera ansiedade e depressão, com um aspecto triste e nada festivo, pois o fim do ano tem múltiplas representações para as pessoas.

Essa é a tal de “dezembrite” ou Síndrome do Final de Ano. A Isma-BR (Associação Internacional de Gerenciamento de Estresse Brasil) divulgou numa pesquisa, que o nível de estresse do brasileiro aumenta, em média, 75% em dezembro.

Parece brincadeira, mas é real e acontece mesmo, justo quando as pessoas estão abarrotadas de tarefas, compromissos sociais, organização das festas em família, compras, filas, pendências do trabalho, a virada do ano, etc. A extensa lista de tarefas e a falta de tempo traz ansiedade, irritabilidade e estresse que somados podem influenciar a saúde global.

Para entender melhor esse fenômeno veja algumas causas da tristeza no fim do ano:

  • Correria, estresse, sobrecarga de atividades, falta de planejamento

  • Feridas emocionais, traumas do passado e lembranças dolorosas relacionadas a perdas e vivências anteriores

  • Pais divorciados, morar sozinha ou distante da família

  • Cobranças internas e externas

  • Falta de planos para o próximo ano ou idealização e expectativas excessivas

  • Medo de se expor nas festas, dos relacionamentos, das projeções para o futuro, etc.

  • Autoestima e autoconfiança baixas e autoconhecimento escasso ou ausente

  • Sensação de vazio pós festas, volta à rotina (como a tristeza comum no fim do domingo)

  • Crises existenciais, consciência da finitude, ver o ano acabando e tudo que ficou para trás

E então como lidar com essa situação?

Primeiro, espaço para sentir a tristeza, a saudade, a nostalgia, etc., pois isso é fundamental para lidar com a situação. Todas temos esse direito, não é vergonhoso e não é preciso disfarçar ou fingir que não está acontecendo. Rejeite a ditadura da felicidade, que é a imposição de ser feliz a qualquer preço, de ter sucesso e de sair bem nas fotos o tempo todo.

É claro que não existe uma receita pronta para seguir. algumas ações e iniciativas que podem ajudar você ou alguém do seu lado a contornar a situação, diminuir a angústia e lidar melhor com tais sentimentos.

1 # Planejar – Programe-se, faça lista de prioridades, tenha foco, evite desperdício de tempo e desgaste emocional.

2 # Desapegar-se do passado – Extraia aprendizados do passado. Use essas datas comemorativas para ressignificar frustrações antigas que ocorreram nesta época do ano. Autoavalie-se, altere comportamentos prejudiciais e respeite seu próprio tempo.

3 # Driblar o desânimo – Não se isole das comemorações; cerque-se de gente agradável, interaja com elas, quer seja uma amiga, um namorado, uma vizinha ou família.

4 # Envolver-se em doações e trabalho voluntário – É uma ação positiva, pois a solidariedade traz a sensação de pertencer a uma comunidade e dá significado nobre ao momento, potencializando o bem-estar.

5 # Praticar a gratidão – O olhar de gratidão sobre tudo muda o foco para a positividade e o otimismo. Pessoas gratas apresentam melhor religiosidade/espiritualidade, bem-estar, menor afeto negativo e menos sintomas físicos ou psicológicos.

6 # Investir em autoconhecimento e, se preciso, buscar ajuda profissional– Conhecer seus limites, suas necessidades, seu potencial, observar suas próprias ações, é um caminho para promover mudanças.

Sem dúvidas, o autoconhecimento ajuda a mulher a lidar com as frustrações e insatisfações, a equilibrar suas emoções, pensamentos e comportamentos, a estar satisfeita com suas decisões e aceitar sua vida como ela é. É importante “se esvaziar” através da fala, que promove cura. Fale sobre o que sente com alguém confiável, pois assim, você compreenderá o que está vivendo e, consequentemente, pode ressignificar as situações conflitantes. 

7 # Ser gentil com você – Antes do “fechamento” financeiro, relatórios do trabalho, diários das turmas da escola, etc., lembre-se do seu “fechamento” consigo mesma. Ao fazê-lo, contabilize e valorize cada pequena conquista em vez de só as falhas. Seja branda em sua autoanálise, diminua a autocrítica e, se necessário, deixe a autoavaliação e balanço de fim de ano, para outro momento, sem pressão.

Se você conhece alguém nesse quadro de tristeza de fim de ano, respeite essa pessoa e seu sofrimento, isenta de julgamentos. Com as informações acima você pode ajudá-la ou indicar uma psicoterapia que pode facilitar pra ela passar por essa aflição.

Com a chegada de dezembro você vai ficando entristecida? Tome atitudes para lidar com esse sentimento. Se proporcione momentos de relaxamento, curta seu banho, faça alongamentos, exercícios físicos, contato com a natureza e diga “não” aos excessos de compras, de alimentação, de vaidade, etc. Isso tudo ajuda seu corpo a liberar os hormônios de bem-estar e prazer, atenuando a melancolia.

Minha gratidão a você que escolheu caminhar comigo mais um ano, pois isto é um reconhecimento do meu trabalho que é feito com dedicação.

Encontrar as melhores soluções e superar os desafios juntas me estimula a conhecer mais de suas necessidades para atendê-las da melhor forma possível.

Que 2024 se encerre com os melhores sentimentos de realização e gratidão e que 2025 traga ricas histórias de sonhos, de projetos e conquistas!


Cristina Vasconcelos

Psicoterapeuta

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