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Relógio do Amor - Cientistas dizem que é possível prever duração de um relacionamento


Diário Regional | Domingo/Segunda-Feira, 16 e 17/08/2015 | Juiz de Fora

DA REDAÇÃO/COLABORAÇÃO LUIZ FILIPE CAIXEIRO

Será que é possível prever o tempo de duração de algum relacionamento? Psicólogos do Canadá afirmaram que descobriram um fator capaz de prever a duração da união. Eles asseguraram que tudo está relacionado ao quanto uma pessoa consegue enxergar no parceiro, o que eles chamaram de "autossobreposição no outro". Isso acontece quando a individualidade começa a dar lugar a um sentimento de conjunto. As pessoas começam a falar mais "nós" do que "eu" ou "ele/ela" e a ver seus parceiros como uma extensão de si mesmas. O que é bem parecido com a dependência emocional.

A psicoterapeuta especializada em Gestalt-terapia e terapia de casal e família, Cristina Vasconcelos, acha que a palavra “definir” é muito forte. “Esse termo faz a gente pensar em exatidão de número, como meses e anos de duração. Creio que temos meios de fazer prognósticos especulativos, baseados nas características individuais do parceiro e do próprio relacionamento”.

Para construir uma relação saudável é preciso que o casal aproxime suas individualidades e crie um universo junto, possam construir um “nós” no lugar de um “eu” ou “ele (a)”. Além disso, vários fatores estão ligados, inclusive um se reconhecer no outro. Por outro lado, quem não consegue se enxergar no parceiro tem dificuldades de manter percepções positivas sobre ele e tende a compará-lo negativamente com outras pessoas.

Daniela Afonso, estudante de Comunicação, chegou a prolongar um relacionamento que não tinha jeito por mais dois meses. “Não cheguei a depender emocionalmente do meu parceiro, mas sou muito 'cabeça dura'. Se achava que ia dar certo, insistia em um relacionamento desgastado para provar que ia dar certo”.

De acordo com Cristina, são muitos os motivos para brigas de casais, os mais comuns na clínica em que trabalha são: baixa autoestima dos dois ou de um dos envolvidos, ciúmes, dinheiro, posse, sexo, infidelidade, um querendo poder ou dominação do relacionamento, manipulação, rotina, dificuldade de comunicação e muitos outros.

0 relacionamento de Daniela durou um ano e três meses e terminou por um dos motivos citados pela psicóloga, a possessão. "Quando as pessoas estão apaixonadas, acabam ficando cegas e não veem muita coisa que está acontecendo ao redor. Não abre a mente ou acredita que há algum problema ou algo que não esteja dando certo", completa a estudante.

"Vejo dois caminhos possíveis para a construção de qualquer relacionamento. Um é a de que opostos se atraem, a ilusão da cara metade, que vai completar, buscar alguém que tenha aspirações diferentes das do parceiro, que vai completar. O outro movimento é o da alma gêmea, procurar uma pessoa com o mesmo gosto, tendências, as mesmas aspirações e ideais", acrescenta Cristina.

Há uma diferença entre a dependência emocional e o namoro que caiu na rotina. Especialistas classificam a dependência emocional como uma patologia; a pessoa que sofre disso não consegue se imaginar longe do outro, que vislumbra que o "mundo caiu" caso termine o relacionamento. A pessoa que apenas está na rotina gosta de fazer programas juntos, mas não sente tanto a falta do parceiro caso acabe o relacionamento.

“Minha dica é que os casais não deixem a relação se deteriorar a ponto de ficar irremediável. Quando perceberem que tem elementos no relacionamento, que o casal não vai lidar bem com eles sozinho, que procure ajuda de profissionais habilitados os quais podem auxiliar nesta situação”, completa a psicoterapeuta.

Não existe uma receita para um relacionamento duradouro, se existisse não haveria divórcio, abandono, rejeições. “Relacionamento amoroso não é uma ciência exata para ter dados precisos”, afirma Cristina

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