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Você viu isso? A meia idade é sua melhor aposta para crescer



A vida é cheia de descontinuidades e perdas. Por mais que se possa prever o rumo da vida, há variações em seus ciclos e tempos, algumas previsíveis e outras não.

O seu nascimento é sua primeira crise! O útero, inicialmente quentinho e acolhedor, torna-se apertado e com o rompimento da bolsa amniótica, ele te expulsa de lá sem piedade! Paradoxalmente, a vida subsiste por meio de rupturas que possibilitam sua continuidade.

Os seres vivos têm um impulso natural em direção ao crescimento, com caminhos cheios de novidades. As crises pulsam nestes tempos descontínuos: novas epidemias, acidentes, doenças, mortes, separações, desemprego, mudanças, etc.

Bem no meio da nossa jornada de vida surge uma crise. Ela costuma aparecer entre os 40 e 50 anos, quando a mulher de repente se dá conta de que metade da vida já passou. É nesse momento, junto com as alterações hormonais e a percepção dos primeiros sinais de envelhecimento, que ela parte para rever e avaliar as suas realizações.

Você pode optar por fazer de conta que isto não é com você, na esperança de que as coisas melhorem rápido. Mas… isso não acontece! Não adianta tentar se preservar negando a realidade...

Com o avanço da medicina preventiva, a maior inserção da mulher no mercado de trabalho, a melhoria na qualidade de vida e consequentemente o aumento da longevidade, essa crise não se apresenta necessariamente na entrada dos 40 anos. A ficha tende a cair mais perto dos 50 anos e a partir daí as dúvidas e questionamentos despencam de uma vez.

O aparecimento das rugas, o ressecamento da pele, a flacidez, os cabelos brancos e todo o desequilíbrio hormonal provocado pela aproximação da menopausa consistem na inauguração da "meia-idade".

Para muitas mulheres, essa crise é como um vendaval que arranca o telhado protetor do seu cotidiano; desacomoda sonhos, destrói certezas, regularidades, planos e previsões. A crise mostra que a vida não está em suas mãos e te convida a improvisar e criar novos arranjos.

Não raro, nesse momento de crise ocorre a perda do equilíbrio emocional, as defesas não dão conta da angústia e a ansiedade ganha força. É comum a mulher ser assaltada por fantasias adormecidas de desamparo, abandono e inadequação. É típico desse período, a mulher vivenciar emoções sem nome e sem contorno definido. Assim, as situações internas e difusas se confundem com a realidade externa e ela se vê impedida de perceber suas reais possibilidades e de raciocinar com clareza e sensatez.

Uma grande falha em nosso sistema educacional é não ensinar a lidar com crises, nem nas famílias, nas escolas, nas universidades, tampouco nas igrejas. Concordam comigo???

Mas há em nós um universo interno próprio, que pode receber as mudanças com serenidade e equilíbrio, vendo-as como transitórias (sem negar o incômodo que causam). Se você não se permite esse tempo de reflexão e revisão de rota, cria espaço para tabus, medos e silêncios que levam à estagnação da vida.

Gosto de olhar as crises com os óculos do otimismo! Assim vejo que elas despertam forças surpreendentes em nós e nos desafiam a criar outras maneiras de viver. A crise da meia-idade funciona como uma peneira (amo as metáforas!) que te ajuda a discernir o que importa e confronta suas crenças e hábitos. Se você aceitar o desafio que a crise traz, pode se libertar de estereótipos e da rotina do “piloto automático”.

Felizmente essas transições de vida chegam acompanhadas do benefício de te impelir a encontrar novos jeitos de se relacionar consigo mesma, com os outros e com as coisas/ pessoas que te cercam.

As mudanças dessa fase influenciam o humor e os relacionamentos? Siiiimmmm!!!

Incomodam? Com certeza!!!

Mas, elas não são a única realidade e sobretudo são transitórias, umas demoram mais, outras demoram menos. A liberdade está em perceber que suas condições emocionais não precisam estar incondicionalmente submetidas às transformações físicas típicas dessa idade.

Não existe uma receita pronta, acessível a todas para essa época da vida. A proposta inteligente é buscar informação com embasamento científico para se proteger do que vem de fora e principalmente do que vem de dentro. É sempre recomendável, quando sentir a fragilidade, evitar deixar os impulsos e as emoções descontroladas comandarem suas decisões e atitudes.

É tempo de repensar valores, crenças e conceitos e, mais do que nunca, é preciso cuidar de si e do outro, até que essa tempestade passe. A reflexão crítica e cuidadosa sobre a situação real e concreta, se necessário com a ajuda de um(a) profissional especializado(a), pode contribuir para que o momento de transição propicie reavaliações e te conduza a ricas possibilidades de crescimento. Quando se abre espaço para elaborar as angústias, costuma surgir soluções interessantes e criativas somadas a amadurecimento emocional e desenvolvimento pessoal.

Se você acha que posso te ajudar através da psicoterapia ou do coaching é só entrar em contato comigo! Há sempre um bom momento para começar a dar passos em direção ao encontro do melhor de si mesma. Até no meio da crise!







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