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Você vai me agradecer! 10 dicas simples para fortalecer a autoestima do outro



O amor próprio e a autoconfiança são faces inseparáveis na construção da autoestima e nossa fala/atitudes podem colaborar para que o outro as desenvolva.

Devido à educação e aos condicionamentos pelos quais passamos, trazemos uma tremenda dificuldade em cultivar estes dois aspectos da autoestima. Por receio de sermos chamados de egoístas, deixamos de lado nossa vontade para fazer a vontade do outro. Só que autoestima não tem nada a ver com egoísmo. O egoísta é uma pessoa vazia que precisa mais de coisas e pessoas que o preencham. Gente com boa autoestima, reconhece que, como qualquer ser humano, tem direito de valorizar e satisfazer suas vontades.

Ao longo da vida aprendemos a cultivar uma "personalidade idealizada" e, pra isso engolimos nossos sentimentos. Em nome da religião, da boa educação, do politicamente correto, enfim, o importante era "fazer a coisa certa" a qualquer custo, mesmo que aquilo violentasse nosso interior.

A cultura, a mídia e até nossos familiares contribuíram fortemente para gerar este quadro com afirmações como:

"Está na moda usar tal roupa."

"Sem estudo você é inútil."

"Você será aceito somente se fizer isto e não aquilo..."

É claro que, muitas vezes, isto aconteceu por ignorância, e não por maldade. Se nossos pais tivessem acesso a determinadas informações, certamente suas atitudes seriam diferentes.

Além de cuidar da nossa autoestima, podemos contribuir para que a autoestima dos outros também seja elevada. Cônjuges, familiares, amigos, colegas de trabalho, etc. podem ser positivamente influenciados por nossa fala/atitudes, se conscientemente estivermos imbuídos desse desejo.

Ajudar a aumentar a autoestima do outro, fará com que ele(a) seja uma pessoa mais ajustada, feliz e responsável por seus atos. Pessoas com boa autoestima são bem resolvidas e não perturbam as outras ao redor.

Práticas para fortalecer a autoestima (amor próprio e autoconfiança) do outro:

1- Escute, reconheça e aceite os sentimentos do outro, seja criança, adolescente, adulto ou idoso. Se alguém com quem nos relacionamos manifesta sentimentos negativos em relação a si mesmo, não devemos contradizê-lo ou fazer descaso. A mudança deve vir de dentro pra fora e só pode ser conseguida permitindo/aceitando que ele expresse seus sentimentos negativos também.

2- Trate-o com respeito, aceite-o como é, respeite sua maneira de resolver os problemas e tomar decisões relativas à própria vida. Considere suas necessidades, vontades, preferências e sua própria sabedoria.

3- Dê elogios específicos, diretos. Ex.: Se um pai diz: “Que criança maravilhosa você é! Você é o melhor lavador de carros do mundo!!!” a criança pode entender assim: “Eu sei que não sou tão maravilhoso assim... então papai deve estar mentindo ou brincando...”

Porém, se o pai for específico: “Obrigado por lavar meu carro. Gostei de como ficou!” a criança poderá traduzir a mensagem correta: “Eu sei lavar direito o carro do papai!”

A ênfase dos elogios deve estar sobre as atitudes e não sobre a pessoa.

4- Seja honesta com o outro. Na construção de um relacionamento saudável esse é um pilar indispensável.

5- Fale ao outro dos seus sentimentos. Empregue mensagens do tipo “eu...”, em vez de mensagens do tipo “você...” Ex.: “Eu me sinto incomodado pelo alto volume do seu som.” Em vez de dizer: “Você é muito barulhento.”

Nesse contexto, frases iniciadas com o pronome “você” têm um caráter acusatório e isto levanta uma barreira entre você e seu interlocutor. Iniciando a frase com o pronome “eu”, você está falando de seus sentimentos e isso não tem tom de acusação.

6- Seja também específico e direto na crítica. Não generalize. Em vez de dizer: “Você sempre faz tudo errado” ou “Você nunca faz nada direito”, diga: “Hoje você não varreu bem o quintal como eu lhe pedi.”

Lembre-se que a ênfase das críticas também deve recair sobre as ações e não sobre a pessoa.

7- Lembre-se do princípio da individualidade: cada pessoa é espantosa em sua individualidade, ainda que seja muito diferente da sua ou do que você idealiza.

Embora vivamos cercados de regras e controles, cada um de nós precisa de espaço para aprender a lidar com a própria vida.

8- Deixe-o experimentar, perseguir seus próprios interesses, ser criativo ou não.

9- Seja um bom parâmetro – pense bem de si mesma, ame-se, cuide-se, respeite-se! Compreenda que é bom gostar de si, é bom sentir-se satisfeita com conquistas e encontrar prazer nas próprias realizações.

10- Evite julgamentos, sermões, conselhos inúteis e frases do tipo “Você deve...” ou “Você tem que...” Leve o outro a sério. Aceite a avaliação dele a respeito dos fatos, das decisões, dos relacionamentos, etc.


Todas nós precisamos de aceitação e reconhecimento para balizar nossa autoimagem, amor próprio e autoconfiança. Muitas pessoas não receberam isso ao longo da infância/adolescência e trazem pra vida adulta sérias distorções na sua autoestima.

Seja você uma referência segura para todos com os quais convive e o mundo será um pouco melhor, as relações serão mais saudáveis e as pessoas serão mais felizes!


Cristina Vasconcelos - Psicoterapeuta e Coach

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