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Transformação pessoal – um chamado para a autocura (parte 1)

Pisquei os olhos, metade do ano já passou e estamos já no segundo semestre. Nesse período, é bem comum que as pessoas adiem seus planos, afinal, faltam poucos meses para o ano acabar, certo? Errado!!! Nos meses restantes ainda dá pra avançar, e por isso, hoje nossa conversa é sobre como aproveitar o segundo semestre para trabalhar em sua autocura.



A transformação pessoal ocorre continuamente; até durante o sono o processo não cessa. A cada segundo 10milhões de células morrem e novas células nascem. A cada segundo 100mil reações químicas acontecem em nossas células sem que tenhamos consciência delas.

A transformação pessoal é um processo de transformação consciente de nós mesmas, um caminho de autocura no qual nos propomos ser uma mulher melhor, mais saudável e conectadas com nossa essência.

É um caminho simples, mas não é fácil. Somos fruto de influências sociais, culturais, científicas, religiosas, que geram em nós condicionamentos e crenças que as vezes carregamos a vida toda.

Nosso sistema nervoso é informacional, somos um arquivo ambulante de memórias. Todos os nossos pensamentos, sentimentos, emoções e comportamentos vem das nossas memórias desde o ventre materno. Recebemos ao longo da vida muitos conceitos e “verdades” sem questionar. Assim nos habituamos a pensar, sentir e agir em certos padrões aprendidos. Tudo que vivemos na infância, seja positivo ou negativo, vai servir de repertório para nossa vida adulta.

Quando pensamos, estimulamos nossos neurônios, que liberam substâncias químicas em nosso corpo, que afetam nosso sistema imunológico, nosso humor e nossas emoções. Pela repetição dos padrões de pensamentos, sentimentos e emoções, vamos modelando nosso cérebro criando as mesmas conexões neurais que estimulam o hábito de ser quem somos.

Por muito tempo se acreditou na incapacidade de regeneração dos neurônios, de estabelecer novas rotas neurais no cérebro e de estruturar novos hábitos. Isso estava também ligado ao determinismo genético que acreditava que o que herdamos de nossos pais e antepassados era imutável. Felizmente esses dogmas foram superados! 

Há inúmeras evidências científicas de que não há limite de idade para ter novos neurônios e assim podemos estabelecer novos caminhos neurais, que instituem novos hábitos e novas formas de enxergar a realidade.

É fantástico perceber que somos criadoras da nossa realidade e que nossa mente é inseparável do ambiente em que vivemos; assim se transformamos nossa mente, podemos também transformar o ambiente.

Compreender essas questões e reconhecer o potencial da mente é crucial para o processo de transformação pessoal da autocura e de transformação do mundo exterior.

Pense num circuito que se inicia em suas memórias, estimula seus pensamentos, atitudes, crenças, percepção da realidade, escolhas, comportamentos e a qualidade das suas emoções. Um influencia diretamente o outro.

Segundo a neurociência os nossos pensamentos e sentimentos influenciam nossas atitudes, que estruturam nossas crenças e percepções, e essas influenciam nossas escolhas e comportamentos, que influenciam a qualidade das emoções, que também influenciam a qualidade do que pensamos.

Observe que o circuito se fechou; repetindo esse circuito várias vezes criamos uma estrutura rígida, uma forma de pensar que se repete, a neuro rigidez mental. Seus problemas parecem tão reais porque você se habituou a acessar os mesmos pensamentos e sentimentos que desencadearam seus problemas pela primeira vez.

Assim, quando você repete os mesmos pensamentos e sentimentos associados a uma vivência conflitante anterior, você reafirma a realidade do problema. Quando nos abrimos a novas experiências, novos pensamentos e percepções, flexibilizamos essa estrutura, criamos circuitos novos e alteramos fisicamente o cérebro estabelecendo a neuroplasticidade cerebral.

Então a autocura começa na mente e requer criar estruturas cerebrais novas e colocar em prática novos hábitos. É desaprender padrões disfuncionais, desprogramar a mente, fazer um detox emocional e aprender aquilo que é coerente com sua essência.

Muitas vezes não se consegue percorrer essa jornada sozinha. Procure ajuda profissional pois através da psicoterapia você aprende a reconhecer seus padrões mentais disfuncionais e desenvolver estratégias de construção de novos padrões cerebrais. Pode contar comigo, se desejar.

No próximo texto você conhecerá os primeiros passos indispensáveis para iniciar seu processo de transformação pessoal e autocura.

Cristina Vasconcelos

Psicoterapeuta e Coach


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