O poder revolucionário da escrita terapêutica
Aqui estou com outro texto de minha autoria! Vocês já perceberam que eu tenho um apreço especial por escrever? Gosto de me comunicar, de me expressar e me relacionar com as pessoas também através da escrita. Por isto, desejo que a magia das palavras acompanhe vocês durante a leitura!
A psicologia clínica afirma que mudar as emoções diante de um evento doloroso é uma maneira eficaz de conseguir viver em paz com o mesmo. A ciência confirma que a escrita, além de ser uma ferramenta importante nesse processo, pode alterar as respostas fisiológicas a doenças crônicas, melhorando o quadro de saúde dos pacientes. O ato de escrever torna suportável uma experiência sentida como pesada demais. Ela passa a integrar a biografia de quem vive o trauma, abrindo caminho para a recuperação, como se cada um reescrevesse sua história.
Assim, a “expressive writing” (“expressão pela escrita”) ganha cada vez mais espaço na medicina e na psicologia. Estudos recentes reforçam o poder terapêutico da técnica, destacando que, quando usada em blogs pode ser tão eficaz quanto no papel. Vou citar apenas um dos muitos estudos na área.
A Universidade de Waterloo (Canadá), mostrou a eficiência dessa técnica no controle do peso. A psicóloga Christine Logel demonstrou que as mulheres convidadas a escrever sobre seus sentimentos e valores perderam, em média 3,4 quilos, enquanto as que não participaram da oficina ganharam cerca de 2,7 quilos. Segundo Christine “Escrever funcionou como um incentivo”. A escrita ajudou as participantes a se sentirem bem com elas próprias na medida em que descreviam sentimentos e emoções que consideravam importantes em suas vidas. Assim, elas não utilizaram a comida como válvula de escape.
No Brasil, a psicóloga Ana Maria Rossi, ligada à International Stress Management Association (organização internacional para o controle do estresse), indica a escrita terapêutica para pacientes que não conseguem lidar com a raiva. A escrita tem efeitos positivos naquelas pessoas com dificuldade de descrever a experiência dolorosa sem se descontrolar ou ficar extremamente emocionadas.
Na minha prática clínica uso muito a escrita como recurso terapêutico e tenho obtido bons resultados, tanto nos atendimentos individuais quanto nos grupos de mulheres. Quando a pessoa tem algum conteúdo a falar, mas por algum motivo (medo, vergonha, angústia, autocrítica, etc.) fica “entalada” e não consegue verbalizar, a escrita se revela como poderosa aliada no alívio das dores emocionais e no desbloqueio do material angustiante.
Entretanto, não basta só escrever, é preciso ter um propósito! A escrita movimenta a energia emocional, organiza o pensamento, alimenta a criatividade e facilita o autoconhecimento. Isso é possível porque, sob orientação correta, o paciente não só descreve o evento, mas também sua reação, seus sentimentos e emoções envolvidos.
Também não é qualquer conteúdo que surtirá resultados positivos. Cuidado! Simplesmente descrever os fatos da experiência traumática pode surtir efeito contrário. Porém, escrever sobre os aspectos emocionais afeta a saúde positivamente, segundo as investigações do pesquisador americano James Pennebaker.
A escrita é uma ferramenta mágica e poderosa que vai te conduzir ao universo profundo da alma. Ela nos reconecta conosco mesmas!
Foi exatamente apoiada na convicção de que a escrita é terapêutica, uma vez que ela contribui para o desabrochar da criatividade, da espontaneidade e da autenticidade, que eu criei o Diário da Gratidão a um tempo atrás.
O Diário da Gratidão pode ser um bom recurso pra você iniciar sua jornada de escrita espontânea, criativa e terapêutica. Encontra-se disponível para ser adquirido, pelo valor promocional de R$40,00(quarenta reais). Se alguém de vocês quiser adquirir é só enviar mensagem e eu retorno com as instruções.
Mas não é o único recurso! Sua intuição e sua criatividade certamente lhe indicarão o caminho.
Sugestão de livro sobre o tema - “Abra Seu Coração: O Poder da Cura Através da Expressão das Emoções”, James Pennebaker, Ed. Gente.
E você, como é a sua relação com a escrita?
Como você tem usado a escrita espontânea e criativa em sua vida?
O que você está escrevendo ou reescrevendo?
Você está satisfeita com o que escreve no papel simbólico da vida?
Você gostaria de utilizar a escrita de forma terapêutica?
Sinta-se à vontade para compartilhar comigo suas experiências sobre o assunto. Tenho recebido retorno de algumas pessoas e fico en-can-ta-da ao ler cada feedback, cada depoimento, cada interação que recebo!
Cristina Vasconcelos - Psicoterapeuta e Coach
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