Ignorar a depressão custará seu tempo e sua felicidade

Nosso estilo de vida e cultura infelizmente têm colaborado para o aumento da depressão, inclusive em adolescentes e crianças. Rever nosso estilo de vida e formas de encarar e lidar com certas situações (psicoterapia e coaching podem ajudar nisso), são maneiras de melhorar nossa qualidade de vida e prevenir a depressão.

Hoje a 2a. causa de afastamento do trabalho no Brasil é a depressão. As pesquisas indicam que a depressão é um dos 4 distúrbios psiquiátricos mais frequentes, atinge milhões de pessoas e tem impacto socioeconômico:

Afeta o bem-estar e felicidade dos pacientes/familiares;
Reduz a capacidade de trabalho/estudo e produtividade do indivíduo;
Soma custos com tratamento pelo paciente e família, e pelo serviço público.

O que é depressão?

A depressão não é uma simples tristeza, muitas vezes tida como “fossa” ou “baixo-astral”. Também não é sinal de fraqueza, falta de “força de vontade” ou condição que possa ser superada pela vontade ou com esforço.

Ela é uma doença como hipertensão, diabetes, etc., que afeta o indivíduo como um todo: seu corpo, pensamentos, comportamento, humor, sentimentos e saúde física. Pessoas com depressão não podem recompor-se e melhorar por conta própria. Sem tratamento, os sintomas podem durar meses ou anos. Não se deve acreditar que ela desaparecerá sozinha ou que buscar tratamento seja vergonhoso ou sinal de fraqueza.

Como reconhecer a depressão – sintomas

• Sentimentos profundos de tristeza, desesperança e/ou irritabilidade.

• Perda do interesse por situações prazerosas, inclusive lazer e sexo.

• Os sintomas acima descritos, presentes de maneira contínua, por um período mínimo de duas semanas, acompanhados de quatro ou mais sintomas da seguinte relação:

– Perda da autoestima; pessimismo; indecisão.

– Crises de choro.

– Dificuldade de concentração, raciocínio e memória.

– Alteração do apetite com ganho/perda de peso.

– Alterações do sono: insônia; dormir em excesso; sono irregular.

– Sentimento de culpa; ideias sobre pecado ou doenças físicas que não correspondem à realidade.

– Pensamento de morte ou suicídio; tentativa de suicídio.

– Sintomas físicos: dores diversas e/ou sintomas digestivos, persistentes, sem causa orgânica, que não melhoram com tratamento.

Estes sintomas podem ser normais em pessoas que sofreram alguma perda recente, porém devem melhorar com o passar do tempo. Se forem intensos, persistentes e duradouros, deve-se procurar ajuda profissional.

Há basicamente 3 tipos de depressão:

Distimia – tipo menos grave, mas de longa duração;
Depressão maior – uma combinação de vários sintomas descritos acima.
Transtorno Bipolar – alternância entre depressão e euforia, com/sem períodos de normalidade.

Tratamento da depressão

Aproximadamente 80% dos deprimidos recuperam-se totalmente e a maioria obtém pelo menos algum grau de alívio em poucas semanas, com consequente retorno às atividades profissionais e vida normal.

Procure o profissional de saúde em: Hospitais/Ambulatórios/Centros de Saúde Mental/ Consultórios, etc.

Somente o profissional experiente e capacitado poderá diagnosticar e orientar o tratamento!

São 3 as modalidades de tratamento:

1. Medicamentos antidepressivos: devem ser indicados somente pelo médico. Não causam dependência. Seus efeitos começam após algumas semanas de uso. Assim, se os sintomas persistirem no início do tratamento, não abandone a medicação.

Depressão crônica e Transtorno Bipolar, exigem tratamento contínuo e prolongado, para evitar “recaídas” ou piora da doença.

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2. Psicoterapia: interação verbal entre o/a profissional e o/a paciente. O/a psicoterapeuta aplica técnicas estabelecidas por princípios científicos para auxiliá-la a se conhecer melhor e assim mudar seus pensamentos negativos, sentimentos e comportamentos.

3. Medicamentos + Psicoterapia. Pessoas com depressão precisam ser ouvidas, compreendidas e atendidas em suas necessidades como ser humano, porém, de forma qualificada e competente.

Algumas medidas que podem ajudar:

Não se considerar “muito velha” e nem “muito nova” para buscar tratamento.
Compreender que o cansaço extremo, a autodesvalorização e a insegurança fazem parte da doença e desaparecerá com tratamento.
Evitar a solidão, diminuir a conexão à internet e buscar mais interação com pessoas e com a natureza.
Buscar alguma atividade que a ajude a se sentir melhor.
Não exigir muito de si mesma, nem se impor tarefas ou alvos muito difíceis. Reduzir temporariamente as exigências.
Evitar tomar decisões importantes, profissionais/pessoais durante a depressão.
Conectar-se com sua crença religiosa, ampliar e praticar sua espiritualidade.